"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." N. Mandela

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Funções da Linguagem


Para que serve a linguagem?

Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz.

Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona?

A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja a seguir:

1) Função Referencial ou Denotativa

Palavra-chave: referente

Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere.

Exemplo:

Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este
texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial).
             
2) Função Expressiva ou Emotiva

Palavra-chave: emissor

Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.

Exemplos:

a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo..
c) Nós te amamos!

3) Função Apelativa ou Conativa

Palavra-chave: receptor

Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

Exemplos:

a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
c) Não perca esta promoção!

4) Função Poética

Palavra-chave: mensagem

É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.

Exemplos:

a)  “... a lua era um desparrame de prata”.
(Jorge Amado)
 b) Em tempos de turbulência, voe com   fundos de renda fixa.
(Texto publicitário)

c) Se eu não vejo
a mulher
que eu mais desejo
nada que eu veja
vale o que
eu não vejo
(Daniel Borges)

5) Função Fática 

Palavra-chave: canal

Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

Exemplo:

Alô? Está me ouvindo?

6) Função Metalinguística

Palavra-chave: código

Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.

Exemplo:

Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.

(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)

Observações:
- Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.
- As funções para a linguagem foram bem caracterizadas em 1960, por um famoso linguista russo chamado Roman Jakobson, num célebre ensaio intitulado "Linguística e Poética".

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil13.php

 Vídeo-aula:

Adequação da Linguagem ao Contexto


A redação deve ser um ato efetivo de comunicação. Por isso, ao escrever, você deverá levar em conta diversos fatores que determinam o tipo de texto a ser produzido.

Ao escrever, o emissor deverá ter em mente o contexto em que sua mensagem será produzida. Desse contexto, é importante salientar a finalidade do texto e o receptor a que ele se destina.

A finalidade do texto
Você já sabe que, toda vez que o objetivo for simplesmente informar alguma coisa a alguém (como acontece nos jornais, nos textos técnicos, nos livros didáticos etc.), a função predominante da linguagem será a referencial. Entre os dois textos que seguem, o primeiro é o mais adequado para ser utilizado numa aula de geografia. Compare-os.

Texto 1

Brasília, sede administrativa do país, foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 21 de abril de 1960, após 1000 dias de construção. Em 1987, foi tombada pela Unesco como patrimônio Cultural da Humanidade. (Folheto da Setur - Secretaria de Turismo do Distrito Federal)

Texto 2 ( Brasília: esplendor, por: Clarice Lispector)

Brasília é uma cidade abstrata. E não há como concretizá-la. É uma cidade redonda e sem esquinas. Também não tem botequim para a gente tomar um cafezinho. É verdade, juro que não vi esquinas. Em Brasília não existe cotidiano. A catedral pede a Deus. São duas mãos abertas para receber. Mas Niemeyer é um irônico: ele ironizou a vida. Ela é sagrada. Brasília é uma piada estritamente perfeita e sem erros. (...) Brasília é um futuro que aconteceu no passado.

Dependendo então, do seu objetivo como emissor, você escreverá um texto em que predomine função referencial, poética, emotiva, fática, metalinguística ou conativa.

O receptor a quem se destina o texto
Quando escrevemos, precisamos ter em mente, ainda que de forma genérica, o tipo de receptor a quem o nosso texto se destina. Descrever um hipopótamo para uma criança é diferente de fazê-lo para um zoológico. Narrar um jogo de futebol para um leigo é diferente de fazê-lo para um especialista no assunto.

Para tornar-se uma pessoa que se expressa bem em língua portuguesa, você precisa saber quando empregar o nível culto ou o coloquial da linguagem. Adequar o nível de linguagem ao contexto e ao receptor é, pois, requisito básico para se escrever bem.

Fonte: http://www.algosobre.com.br/redacao/adequacao-da-linguagem-ao-contexto.html

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Razões e Proporções

RAZÃO

O conceito de razão é a forma mais comum e prática de fazer a comparação relativa entre duas grandezas. Ao dividir uma grandeza por outra, estamos comparando a primeira com a segunda, que passa a ser a base da comparação. Por exemplo, se a área de um retângulo mede 300 cm² e a área de um outro retângulo mede 210 cm², ao fazermos a razão das áreas, temos:
210300=710=0,7
Estamos calculando o quanto a área menor representa da maior. Em outras palavras, a área menor representa 0,7, ou 70%, da área maior. Isso é uma comparação muito significativa e fácil de ser feita.
RAZÃO. Dados dois números reais a e b, com b diferente de zero, chamamos de razão entre a e b ao quociente ab=k
Observe que k é um número real. O numerador a chamamos de antecedente, e o denominador b chamamos de consequente dessa razão (lê-se “a está para b”). A razão k indica o valor do número a quando comparado ao número b, tomando-o como unidade.
Exemplo: Uma escola tem 1200 m² de área construída e 3000 m² de área livre. A razão da área construída para a área livre é:
A) 6/5
B) 3/5           
C) 4/5
D) 1/10         
E) 2/5
Solução: razão = área construídaárea livre=12003000=25(letra E)
Isso significa que a área construída representa  25=0,4,ou 40%, da área livre.

APLICAÇÕES DO CONCEITO DE RAZÃO

Escala. Ao compararmos mapas com os lugares a serem representados por eles, representamos as distâncias em escala menor que a real. O conceito é dado pela seguinte razão:
Escala = medida no mapamedida real  ; (ambos na mesma unidade de medida).
Exemplo: a escala da planta de um terreno na qual o comprimento de 60 metros foi representado por um segmento de 3 cm é: 
A) 1 : 10.000
B) 1 : 2.000
C) 1 : 3.000
D) 1 : 6.000  
E) 1 : 4.000
Solução
Primeiramente, transformamos os 60 m para centímetros, para trabalharmos no mesmo sistema de unidades:
60 m=60100 cm=6000 cm60 m=60100 cm=6000 cm
Portanto,
Escala = 3cm6000cm=12000=1:20003cm6000cm=12000=1:2000 (letra B)
Velocidade Média. É a razão entre a distância percorrida e o tempo total de percurso. A velocidade média será sempre acompanhada de uma unidade, que depende das unidades escolhidas para calcular distância e tempo. Alguns exemplos de unidades para a velocidade média são km/h, m/s, cm/s etc.
Velocidade média = distância percorridatempo total de percurso
Exemplo: A distância entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo é de, aproximadamente, 400 km. Um carro levou 5 horas para percorrer esse trajeto. Determine sua a velocidade média.
Solução
Velocidade = distância percorridatempo total de percurso=400km5hdistância percorridatempo total de percurso=400km5h = 80 km/h
O significado desse valor é que a cada hora o carro percorreu, aproximadamente, 80 km.

Densidade. A densidade de um corpo é a razão entre a sua massa e o seu volume. A densidade também será sempre acompanhada de uma unidade, que depende das unidades escolhidas para medir a massa e o volume. Alguns exemplos de unidades para a densidades são g/cm³, kg/m³ etc.
Densidade = massavolume=mvmassavolume=mv
Exemplo: Uma quantidade de óleo de cozinha ocupava completamente uma jarra com 1 litro de volume. Sabe-se que a densidade do óleo é de, aproximadamente, 0,86 g/cm³.  Determine a massa do óleo, em gramas.
Solução
Como a densidade é dada em g/cm³, isso significa que o volume deve ser dado em cm³. Assim, fazendo a conversão, 1l = 1 dm³ = 1000 cm³.
Daí, densidade = massavolume0,86=m1000m=0,861000 = 860 g 
Portanto, a massa de óleo contida na jarra é de 860 g.

PROPORÇÃO

Chamamos de proporção a igualdade de duas razões.
a1b1=a2b2=k (também escrito por a1:b1 :: a2:b2),
onde a1a2b1b2 são números reais com b1 e b2 diferentes de zero. O número k é o que chamamos de constante da proporção (Lê-se “a1 está para b1 assim como a2 está para b2).
O antecedente da primeira razão (a1) e o consequente da segunda (b2) são chamados de extremos, enquanto o consequente da primeira razão (b1) e o antecedente da segunda razão (a2) são chamados de meios. Os nomes são sugestivos quando consideramos a segunda forma de expressar a proporção (a1:b1 :: a2:b2)


Propriedade fundamental da proporção
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos. O que denotamos por:
ab=cdbc=ad
Pela comutatividade do produto, podemos escrever a mesma proporção de várias maneiras distintas:
ab=cddc=badb=caac=bd , entre outras.
(Enem 2012) Há, em virtude da demanda crescente de economia de água, equipamentos e utensílios como, por exemplo, as bacias sanitárias ecológicas, que utilizam 6 litros de água por descarga em vez dos 15 litros utilizados por bacias sanitárias não ecológicas, conforme dados da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Qual será a economia diária de água obtida por meio da substituição de uma bacia sanitária não ecológica, que gasta cerca de 60 litros por dia com a descarga, por uma bacia sanitária ecológica? 
a) 24 litros        b) 36 litros        c) 40 litros        d) 42 litros       e) 50 litros
SoluçãoChamemos de x o número de litros de água despejados pela bacia ecológica. Daí,
1560=6x15x=360x=24litros
Assim, a economia será de: 6024=36litros
Resposta: letra B

Fonte: http://educacao.globo.com/matematica/assunto/matematica-basica/razao-e-proporcao.html

Vídeo-Aula:

 
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